A organização do Festival Marés Vivas espera entre os 15 e os 20 mil espectadores em cada um dos três dias do festival Marés Vivas, que se realiza quinta, sexta-feira e sábado em Gaia, junto ao rio Douro, entre a Afurada e a praia do Cabedelo.
«Em princípio pensávamos que a sexta e sábado iam ser, como acontece normalmente, os dias principais, mas a venda para quinta-feira está fortíssima», disse à agência Lusa Jorge Silva, da Portoeventos, empresa produtora que organiza o evento para a o pelouro da Juventude da Câmara de Gaia.
O festival desenvolve-se em dois palcos, com 80 a 90 mil watts de som e 200 mil de luz, estando o principal, denominado Marés Vivas, situado a poente (do lado da Afurada), enquanto o outro - o Novos Portugueses/Rádio Comercial - situado do lado do Cabedelo.
O recinto pode receber «com toda a comodidade e segurança» bastante mais que as audiências previstas, dispondo de 12 espaços de comercialização de bebidas e espaços de restauração ligeira com «petiscos» a cargo da secção de restauração do Corte Inglês.
As exigências dos artistas
Quanto ao backstage, está dotado de camarins com todas as comodidades, árvores e vista para o rio.
«Os artistas não fizeram grandes exigências, embora alguns tenham exigido comida vegetariana, enquanto outros pediram marcas determinadas de whisky e outras bebidas. Houve ainda quem pedisse botijas de oxigénio nos camarins para assegurar que a sua capacidade vocal estará ao máximo na hora da actuação», disse o responsável da Portoeventos.
«Quanto às casas de banho vão estar directamente ligadas à vizinha ETAR, acho que é a primeira vez que isso acontece num festival deste tipo em Portugal», disse Jorge Silva.
As estrelas do palco principal
No palco Marés Vivas a acção começa quinta-feira com a banda indie pop sueca Shout Out Louds, seguindo-se os góticos britânicos Sisters of Mercy.
A noite fecha, neste palco, com Peter Murphy, que depois de ter liderado os Bauhaus até 1983, tem já uma sólida carreira a solo com oito discos em nome próprio.
Na sexta-feira, Slimmy abre as hostilidades, aquecendo o ambiente para a actuação dos Da Weasel que prometem um espectáculo totalmente diferente do habitual, em que vão incluir os títulos b-sides que, apesar de serem importantes na história musical da banda, o público em geral raramente tem oportunidade de ouvir ao vivo.
A noite termina neste palco com os britânicos The Prodigy, que misturam na sua música a electrónica, o rap e os funky beats, e são conhecidos pelas suas fortíssimas prestações em palco.
No último dia, Macy Gray, diva do neo-soul norte-americano abre a noite no palco principal, antecedendo a actuação dos Riders On The Storm, que são os Doors, mítico grupo da viragem das décadas de 1960 para '70 sem o seu desaparecido líder Jim Morrison.
Os antigos Doors, agora sob o nome de Riders On The Storm apresentam-se com dois dos quatro membros originais, com Ray Manzarek nos teclados e Robbie Krieger na guitarra, completando-se a formação com Phil Chen, no baixo e Ty Dennis, na bateria.
No lugar de Jim Morrison, falecido em 1971, com 28 anos, que foi o líder e compositor principal da banda, está o vocalista Brett Scallions, ex-membro dos Fuel.
Os James, banda de culto do chamado folk-pop alternativo britânico dos anos 1980 e '90 fecham as operações do festival Marés Vivas no palco principal, mas como nas noites anteriores, o público pode continuar a dançar junto ao palco secundário onde a música prossegue pela madrugada dentro com a actuação de vários DJ's.